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Entrevista: Luan Santana fala sobre carreira internacional, mudança no som e projetos para 2018


A iminente carreira internacional de Luan Santana virou notícia em tudo quanto é canto nesta semana. O cantor, que comemora dez anos de estrada vê esse como um passo natural e não tem medo de falar abertamente sobre seus planos. Em 2018, ele vai dar uma atenção maior para outros países e estruturar uma boa estratégia para se lançar por outros mercados. Já decidiu investir em aulas de espanhol, e está prestes a gravar uma música com a boyband latina CNCO em Miami. Além disso, Luan tem uma série de shows marcados para fevereiro na Europa. Ainda que espere uma maioria de brasileiros nas plateias, é uma agenda internacional.

Pouco a pouco, o sul-mato-grossense de 26 anos acostuma seu público a mudanças no repertório. “Check-in”, o single que lança na sexta (8/12), explora o reggaeton – ritmo que domina as paradas na América Latina e que teve entrada no Brasil com “Despacito”, “Mi Gente” e “Felices los 4”. “É na mesma linha de ‘Acordando o Prédio’, talvez ousando um pouco mais, com mais elementos eletrônicos”, conta, “acho que o desafio de todos os artistas – internacionais, nacionais, de tudo quanto é quanto – é fazer com que seu público cresça junto com você”. O clipe da música foi gravado na Colômbia, com o diretor americano Gil Green – o mesmo de “Swalla” de Jason Derulo. No ano passado, Luan trabalhou também com o cubano Alejandro Pérez, responsável por “Bailando” e “Subeme la Radio”, dois megasucessos recentes de Enrique Iglesias.

– Isso ainda não é nada pensando na carreira internacional, na verdade. No caso do Gil Green, eu só gostei do clipe do Jason Derulo e fiquei interessado em ir atrás dele para fazer meu clipe também. Não é uma estratégia ainda. Vamos pensar nisso direito em 2018 para fazer tudo direitinho. Vou reunir a equipe e entender exatamente o que vamos fazer.

De qualquer forma, o cantor está criando uma rede de contatos fora do país. Já gravou com Maná, Belinda, Enrique Iglesias, Steve Aoki e Florida Georgia Line – nomes que pode recorrer novamente, na intenção de se internacionalizar. A parceria com o CNCO, na verdade, já é uma sacada inteligente. O grupo, formado em um reality show idealizado por Ricky Martin, é um sucesso nos países latinos e pode ser escutado nas rádios brasileiras com o remix de “Reggaeton Lento” com participação do Little Mix. A colaboração pode ser boa para ambos: para Luan em outros mercados, e para CNCO no Brasil. Fazer parcerias é a ideia que guia a maioria das decisões do planejamento internacional de Anitta, por exemplo.

Como você define seu momento atual?
Pô, cara, acho que é um momento de inovação. Completei dez anos de carreira neste ano. Gosto de trazer coisas novas e incrementar no que já fiz. Esse clipe é mais uma prova disso. A gente está pensando de, no ano que vem, dar o primeiro passo para uma carreira internacional. A gente vai planejar tudo isso e ver a melhor forma de fazer.

Mas carreira internacional em português ou outro idioma?
Em outro idioma.

Você está lançando o segundo single depois do álbum “1977”. Está preparando um álbum novo ou vai apenas lançar sigles avulsos?
Cara, a gente está com o projeto de um show muito legal. Queremos gravar esse show, mas até esse projeto ficar pronto vou continuar lançando singles. É um projeto muito grande, então até lá serão singles.

Você vem mudando bastante o visual e também sua sonoridade, ficando mais moderno e mais pop. A gente pode dizer que é uma transição como a Taylor Swift, que saiu do country para o pop?
Eu considero muito importante e maravilhosa essa segurança que o artista consegue depois de um tempo. Essa coisa de poder gravar o que que na hora que quer. Isso é o que todo artista busca, durante todo o tempo de carreira. Se você ver “Meteoro”, é muito diferente de “Check-in”, por exemplo, mas acho que a essência é a mesma. A gente tem que buscar nunca sair da nossa essência: eu faço música, falo de amor, às vezes mais sexy, às vezes mais romântica, mas é música minha, é o Luan Santana.

O início de “Check-in” é mais parecido com o que fazia antes, mais fofinho, bonitinho, e de repente a música muda…
Fica mais “Acordando o Prédio”, por exemplo. É legal, porque são duas coisas que eu já fiz, mas dentro da mesma música, com elementos totalmente distintos. Acho que ainda sou eu, mas diferente de tudo que já fiz.

Você falou nas entrevistas que viu um clipe do Jason Derulo e isso te inspirou a buscar o mesmo diretor para o clipe de “Check-in”. Que outros artistas internacionais te inspiram musicalmente?
Musicalmente, escuto muito o Coldplay. Sou apaixonado, fã nº1. Gosto muito de Bruno Mars, ouço Ed Sheeran demais, ouço country. Sou muito eclético. Ouço música gospel, por exemplo. Gosto também de trilha sonora de filme. Pego os filmes que gosto e vou ouvir as trilhas sonoras. Escuto muita coisa. É muito bom. E acho que inspira de certa forma.

Você está com turnê marcada na Europa e falou há pouco de turnê internacional. Pretende fazer shows em outras regiões já no ano que vem?
No ano que vem? Sim! Tomara, tomara! Acho que o show é o segundo passo. Primeiro, a gente tem que divulgar música, divulgar o trabalho. O show é para colher isso.