in ,

ENTREVISTA: Lost Frequencies retorna ao Brasil para mini turnê e fala sobre lançamento de novo disco


Há quase dois anos, Felix De Laet era um cara apenas que gostava de ouvir música em seu quarto, tocar piano e fazer remixes. Em 2014, tudo mudou! Com contrato assinado e música lançada no mercado europeu, “Are You With Me”, o jovem produtor usando o nome profissional de Lost Frequencies estourou dando asas a quem só queria curtir.

Neste sábado (3) ele encerra uma mini turnê no Brasil – são 3 apresentações, uma realizada nesta sexta à noite em Belo Horizonte e outras duas mais tarde na cidade de Valinhos, em São Paulo (Laroc) e em Maresias (Sirena) – o POPline conseguiu um espaço na agenda apertada para um rápido papo assim que ele pisou no país. Assim que ele chegou por aqui mesmo, ainda no desembarque do aeroporto.

“Acabei de chegar, toco amanhã e já terei que ir embora de volta para a Bélgica (seu país Natal)”, disse se lamentando por não poder aproveitar mais o país em seu retorno ao Brasil. “É triste porque eu estava animado para curtir mais desta vez”, disse.

lost-frequencies

A primeira visita de Felix ao Brasil aconteceu no Tomorrowland, mas quem está indo pela segunda vez conferir o seu som ao vivo pode esperar novidades. “Há uma diferença entre tocar em festivais e um show só meu. Nos festivais há pessoas de outros países. Agora será basicamente brasileiros e eu gosto de manter essa vibe bem brasileira. Estou animado como vai ser”, comentou. “E tem esse novo álbum para ser lançado no início de outubro. Estou animado em poder compartilhar as novidades com vocês, estou trabalhando nele no último ano e certamente vocês vão poder ouvir meu novo single que só será lançado na próxima semana”, avisou.

O nome escolhido para usar profissionalmente é quase um lamento. Com o nome Lost Frequencies (frequências perdidas, em português), Felix chama a atenção para o “desaparecimento” de sons, músicas e artistas com o passar das décadas. Na verdade, sua carreira surgiu exatamente da vontade de resgatar o passado, remixando faixas perdidas e lhes dando uma nova sonoridade.

“Algumas músicas as pessoas nem reconhecem. Costumo ouvir ‘que música é essa?’ quando toco algum remix, mas às vezes lembram dela, daquele sucesso”, me respondeu quando perguntado se achava que a nova geração tem algum tipo de aversão a clássicos e artistas mais veteranos. “Gosto de transformar essas músicas em uma faixa mais divertida para que eles também curtam. Gosto de músicas antigas e é muito legal pegar algo que ninguém ouviu antes ou já se esqueceu e transformar em algo novo”, comentou.

Com os 3 singles lançados até o momento no topo das paradas da Bélgica, Lost Frequencies se tornou o 1º artista no país a conquistar tal feito e com as canções nas rádios de todo o mundo, Felix se diverte com a exposição e já mira em mais um número um. “É muito louco, mas estou muito feliz. Espero que meu próximo single também seja algo grande”, espera.

Com um disco novo no forno e já duas visitas ao Brasil em menos de dois anos de carreira, certamente iremos ter nova chance com Felix em um futuro próximo. “Espero muito poder voltar e dessa vez poder curtir o país de vocês um pouco mais”, se despediu rindo e confiante.