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Entrevista: Iza adianta detalhes do show na festa POPline 10 anos e fala sobre primeiro single e álbum


Depois de viralizar na Internet com seus covers de divas pop, a cantora Iza se prepara para dar o pontapé inicial na sua carreira na festa POPline 10 anos, marcada para sexta (16/9), na The Week Rio. Ela é a nova aposta da gravadora Warner Music – a mesma da Anitta e da Ludmilla – e vai usar o evento para cantar pela primeira vez uma das músicas criadas para seu álbum de estreia. Vai ser um show dançante, para “bater cabelo”, adianta.

Super antenada na cena pop, ela aponta Beyoncé, Rihanna e Lauryn Hill como ídolos e influências musicais. Por aí, já dá para imaginar como vai ser seu som! Faltando poucos dias para a apresentação, ela conversa com o POPline e adianta detalhes do que está por vir em sua carreira.

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O que está preparando para o show na festa do POPline?
Estou preparando uma setlist que todo mundo vai amar, que todo mundo conhece. Estou cantando as músicas pop que mais gostei nos últimos anos, músicas que a galera ainda está ouvindo. Músicas atuais, de divas pop, e eu acho que todo mundo vai se identificar. São músicas bem dançantes.

Vai ser um momento importante para sua carreira, né? Você vai cantar em uma festa onde só estarão os verdadeiros fãs de música pop!
Isso vai ser muito especial! É uma excelente forma de começar, é uma casa maravilhosa para começar. Quem está lá é realmente quem consome a música que eu gosto de ouvir. Vai ser muito bom ter contato com essa galera e receber o feedback ali, trocar energia com todo mundo. Vai ser uma noite muito especial.

Você acompanha o site há quanto tempo?
Ah, acho que tem uns seis anos! Bastante tempo, como qualquer fã de cultura pop eu tinha que conhecer o POPline! Tem bastante tempo.

A headliner da festa será a Karol Conka. O que você mais gosta nela?
A atitude. Ô mulher para ter atitude! Adora a atitude da Karol Conka. Acho que ela tem uma puta presença de palco, além das letras e da sonoridade, que curto muito. O que mais me chama atenção é a atitude em cima do palco: é inigualável.

E a Lorena e a Daya? Já conheceu?
Já, já! Troco figurinhas com elas. Acho as duas muito maravilhosas. A Lorena, eu já conhecia há mais tempo, porque está no ramo há mais tempo. A Daya, eu conheci há pouco tempo, pelo POPline, quando saiu uma matéria sobre ela, sobre o vídeo de “Olha Pra Mim”. Eu gosto muito das duas. Estou achando maravilhosa essa noite: só tem mulher em cima do palco! Todo mundo se gosta ali. Todo mundo se admira. É muito legal isso.

No seu canal no Youtube, você postou covers de Beyoncé, Rihanna, Demi Lovato… quem é seu grande ídolo?
Aff, pode ser dois? Três? (risos) Acho que Beyoncé, Rihanna e Lauryn Hill. Cada uma me inspira de uma forma. Eu não tenho nenhuma intenção de tentar fazer algo… como que posso explicar? Elas me influenciam de formas diferentes. A presença e a seriedade da Beyoncé me emocionam, a atitude da Rihanna em cima do palco me influencia bastante, as letras da Lauryn Hill me inspiram. Acho que consigo absorver coisas diferentes de cada uma delas

Esses seus covers chamaram a atenção da imprensa e foram divulgados por alguns artistas famosos. Você esperava essa boa repercussão antes mesmo de lançar álbum?
Não! (risos) Eu esperava que as pessoas fossem ser simpáticas, como sempre foram, desde o início. Sempre tive muito apoio de todo mundo: a maioria das críticas sempre foram positivas. Mas eu não esperava que, de um dia para o outro, ia ganhar essa quantidade absurda de seguidores, sabe? É impressionante o poder que a Internet tem. Fico muito feliz de poder viver nessa época e poder usufruir disso – poder usar o poder que a Internet tem para me comunicar com várias pessoas. Eu estou muito feliz por tudo que está acontecendo.

Quem está te mentorando nesse início da carreira e criando as estratégias para gerar buzz?
Eu tenho dois empresários. O Léo Belicha trabalha em Londres há muito tempo, mas agora está aqui no Brasil e a gente está trabalhando juntos. Ele é stylist lá fora, já vestiu Rolling Stones, várias estrelas britânicas, trabalhou no clipe “Rude Boy” da Rihanna. Ele tem esse background da moda, e de eventos também, porque tem uma festa superbacana em Londres, chamada Calígula. Toda parte de moda, criativa, de marketing, eu faço diretamente com ele. E tenho um escritório em São Paulo, que é a Agência da Música, onde estão meus soldados: a galera que toma conta de mim, responde e-mails, ‘booka’ show, toma conta da minha agenda, etc, e também decide questões de marketing comigo.

Como você foi descoberta?
Eu sempre gravei cover para me firmar como cantora, trocar ideia com outras pessoas do meio, e ser vista mesmo. Nos últimos anos, foram acontecendo algumas coisas bacanas. Um cover meu de “Rude Boy” e “Flawless” começou a passar no Multishow, e nessa o Léo, que já estava no Brasil, viu e resolveu trocar uma ideia comigo. Começamos a trabalhar juntos, fechamos com a Agência de Música… Eu trabalhava com publicidade antes, então conheço muita gente do meio e estava sempre mandando coisa minha para as pessoas. Numa dessas, a Warner abriu as portas. Começamos bem!

Eu vi que você estava em Nova York. Foi a trabalho?
As duas coisas! Eu gosto muito de investir em audiovisual, por causa dos vídeos do Youtube, e fui trocar alguns equipamentos, me encontrar com um coletivo de compositores que já estava me esperando, e foi muito produtivo. A gente compôs bastante música. Foi muito divertido. E aproveitei que estava lá, no Brazilian Day, me encontrei com a Preta [Gil], que está super me ajudando nesse início. A gente ficou um tempo juntas lá, curtiu no camarim, enfim. Fiz bastante coisa. Consegui dar uma passeada, consegui trabalhar, e ver as pessoas. Foi bem bacana.

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Quando vai sair um single inédito seu?
Nesta sexta-feira, eu vou dar uma palinha de uma das músicas que vou trabalhar. Não significa que ela será meu primeiro single, mas é um ‘flavor’ do que está por vir. A gente vai cantar essa em primeira mão na festa do POPline! Vai ser a primeira vez que vou cantar alguma coisa minha, autoral, já nesse direcionamento novo de carreira. Mas, em breve, vocês vão ouvir meu primeiro single, já com clipe e tudo. Está chegando, gente! Estou ansiosa!

Sobre o álbum de estreia, que pode nos adiantar sobre sonoridade, composições, colaborações?
Vai ser uma coisa bem moderna. O que a gente está colocando no álbum – e a Warner está me ajudando a encontrar pessoas que entendam essa sonoridade – é bem moderno. É um perfeito casamento entre R&B, pop e trap. Vai ser dançante. Vai ser para bater cabelo! (risos)

E com quem você está trabalhando? Conte os produtores!
Isso eu ainda não posso te falar! Mas é uma galera legal, uma galera conhecida. Em breve, vocês vão saber, mas por enquanto não posso revelar quem são os produtores! (risos)

Que tipo de artista você quer ser?
Que pergunta capciosa! (risos) Que tipo de artista? Eu quero ser real. Eu preciso representar – sinto esse dever – porque sou mulher, negra, carioca, vim do subúrbio do Rio de Janeiro. Vivi muita coisa que muitas mulheres vivem, viverem, e não só mulheres, pois muita gente vai poder se identificar. Eu acho que o tipo de artista que eu quero ser é verdadeiro. Eu penso com muito carinho em tudo aquilo que vou falar nas músicas e em todas bandeiras que vou levantar. Eu vou falar de tudo: feminismo, empoderamento negro, sexo, tudo que a gente vive hoje em dia. Eu me preocupo muito com ser uma artista com quem as pessoas possam se relacionar. Quero que ouçam minha música e se enxerguem, se emocionem também.

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Você falou que veio do subúrbio do Rio. De qual bairro?
Olaria City!

Para as pessoas te conhecerem melhor, defina sua personalidade em três adjetivos.
Ai, meu Deus, entrevista de emprego! (risos) Vamos lá. Três palavras. Estou me sentindo na Marília Gabriela! (risos) Eu sou verdadeira, hum… Acho que sou moderna e “musical da cabeça aos pés”, pode ser?

Com quem você gostaria de cantar?
Eu adoraria fazer uma participação com O Rappa, amo a banda. Amaria cantar com a Karol Conka, claro! Acho que, no momento, Liniker! Esses três! Eu amo Liniker, maravilhoso!

Você está começando. Qual o seu sonho como cantora?

Eu quero poder cantar o resto da minha vida! Com 80 anos, que nem a Elza Soares, fazendo show, lotando estádios. Quero viver disso o resto da vida, me reciclar a cada dia.

Para terminar, mande um recadinho para os leitores do POPline!
Espero todos vocês no dia 16! Vai ser incrível conhecer vocês pessoalmente. A gente vai dançar muito. Estou preparando um show especial para vocês, sei que vocês vão adorar!