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Entrevista exclusiva: Marina and the Diamonds fala sobre show no Lollapalooza, fãs brasileiros e admiração por Beyoncé


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Com seu terceiro álbum com lançamento marcado para abril, a cantora galesa Marina and the Diamonds virá ao Brasil pela primeira vez em março. Escalada para a line-up do festival Lollapalooza, em São Paulo, ela conversou com o POPLine por telefone e falou sobre a ansiedade para vir ao país. “Eu tenho esperado por essa oportunidade há dois anos e nunca esperei tanto assim para um show”, contou.

Simpática e com o rixo frouxo, ela disse que os fãs podem esperar uma grande apresentação, mesclando as músicas inéditas com seus sucessos. Ela quer levar toda a estética surreal dos clipes de “Froot”, “Immortal” e “I’m a Ruin” para o palco, proporcionando uma experiência especial. Mas isso terá um preço: ela quer ver os fãs calorosos e participativos, como ouviu dizer que são os brasileiros.

O Lollapalooza Brasil acontecerá nos dias 28 e 29 de março no Autódromo de Interlagos. Pharrell Williams, Calvin Harris, Skrillex e Steve Aoki também estão confirmados. Para ver a line-up completa, clique aqui. Os ingressos estão à venda pela Tickets For Fun.

Abaixo, segue o bate-papo na íntegra com Marina.

Marina, seja paciente, porque inglês britânico é complicado para mim, ok?
Oh, sem problemas! Meu espanhol e meu português também são uma bosta, então… (risos)

Como você está se sentindo quanto à primeira vinda ao Brasil?
Bem, eu posso dizer que nunca estive tão animada para algo antes. Eu sinto que há muito espera envolvendo esse show – uma longa espera. Eu tenho esperado por essa oportunidade há dois anos e nunca esperei tanto assim para um show. Estou planejando coisas muito legais e diferentes. Vai ser um grande momento!

E você recebe muitas mensagens de fãs brasileiros? Eles costumam ser muito ativos nas redes sociais.
Todos os dias! (risos) Não tem um dia que eu não receba! Eles são muito apaixonados e não têm medo de se expressar.

Então você sabe que há muita expectativa para o show no Lollapalooza.
Sim! Eu vou dar para eles tudo que eu posso. Estou ansiosa!

Há algo que você queira conhecer no Brasil?
Bem, eu vou ficar dois dias em São Paulo. Ainda tenho que pesquisar tudo que posso fazer lá. No momento, eu não tenho a menor ideia. Nenhuma ideia mesmo.

E música brasileira, você conhece algo?
Não! Todo mundo me pergunta isso! Fizeram-me a mesma pergunta em outra entrevista que eu dei, e eu me sinto uma bosta. (risos) Quero aprender um pouco do samba. (mais risos)

Okay, falando sério agora. O que você está preparando para esse show?
Bem, o visual que estou construindo para meu álbum “Froot” é muito surreal, é tipo um jardim elétrico. Eu quero representar isso no palco, com grandes flores elétricas, frutas elétricas, esse tipo de coisa, misturando elementos artificiais com a natureza.

Você vai cantar as músicas novas do álbum “Froot” mesmo antes do lançamento?
Sim, com certeza. Vou mesclar um pouco. Também vou cantar as antigas, porque nunca as toquei no Brasil antes. Vai ter um pouco dos três álbuns.

Vamos ter “Primadonna”, né? Por favor. As pessoas adoram.
Sim! (risos) Claro que vai! É parte da minha identidade musical e da minha história, então definitivamente vou cantar essa.

Você já abriu shows da Katy Perry e do Coldplay. Qual a diferença de ser um ato de abertura e de cantar em um festival?
Oh, é muito diferente. Quando eu abri para a Katy Perry, eu não era conhecida na América ainda, então você tenta convencer as pessoas de que você… hum… de que elas deveriam te ouvir. Em um festival, as pessoas sabem quem você é, e há essa mistura dos fãs, então festivais são experiências mais divertidas e agradáveis.

Mas quando você está em um festival, você também tem que cantar para pessoas que talvez não conheçam suas músicas e foram para ver outros artistas. Isso já te gerou algum desconforto?
Na realidade, não. Eu venho me apresentando em festivais por cinco anos, então eu vejo o lado divertido disso. Algumas pessoas podem ir sem saber quem você é, mas depois do festival vão lembrar do seu nome, então é uma oportunidade de conquistar novos fãs diretamente.

E você tenta ver os outros shows quando está em um festival?
Sim, faço o possível! Às vezes não dá, mas no Lollapalooza, por exemplo, eu quero ver algumas pessoas.

Quem?
Vou te dizer que estou com o site do Lollapalooza aberto, olhando a line-up. (risos) Eu gostaria de ver o Jack White, eu gostaria de ver o St. Vincent… O Childish Gambino, eu amaria ver. Estou entre esses.

E o que você tem ouvido ultimamente?
Huuum, vou te dizer! Tenho ouvido Childish Gambino, a banda francesa Yelle, Clean Bandit, The Prudes, esse tipo de coisa antiga, e Garbage, amo esse tipo de música também.

Você tem algum “guilty pleasure”, aquilo que você ouve e sabe que os outros podem torcer o nariz?
Sim, Beyoncé! “7/11”! Eu amo essa música. (risos) Mas sem vergonha alguma.

E o lance do Grammy? Beyoncé ou Beck? Você viu a discussão sobre quem merecia mais o prêmio de Álbum do Ano?
Oooooh! Eu vi. Eu particularmente prefiro a Beyoncé, mas os dois são artistas maravilhosos. Beck é músico e tem mais credibilidade como tal, e a Beyoncé é uma mulher incrível no palco, e ela é muito relevante para a cultura pop. Você não pode compará-los. Não dá.

Se você pudesse escolher alguém para uma parceria, quem você escolheria?
Uh! Se eu pudesse escolher… eu amo Tove Lo… Hum… ABBA! (risos) Estou tendendo para os suecos. Eric Hassle! É, basicamente, um sueco. (risos)

Para terminar, mande uma mensagem para seus fãs brasileiros.
Ai, meu Deeeeeeus! Eu estou esperando que vocês sejam mesmo muito loucos, selvagens e calorosos! Eu mal posso esperar para ver vocês todos e já estou tentando pensar em uma maneira para encontrá-los fora do festival. Então vou ver o que fazer. Mas mal posso esperar. Estou incrivelmente animada!

Ai, Marina, você é muito legal!
E você é muito fofo!