Depois de lançar um clipe remix de “Ginza” especialmente para o público brasileiro, com participação da Anitta, o colombiano J. Balvin espera que o país ouça seu álbum. “Energía”, lançado em junho, tem participações de Pharrell Williams, Daddy Yankee, Yandel e, na edição especial brasileira, Projota. A música dos dois se chama “Tranquila”, e aponta o interesse do astro latino em entrar no mercado verde-e-amarelo. Mas com calma e cuidado.
Admitindo que teve depressão por “trabalhar como escravo para conquistar o sucesso”, J. Balvin agora valoriza mais do que nunca o tempo livre. Ele trabalha muito, mas não está mais disposto a só trabalhar. Já quis abraçar a América Latina inteira, o Brasil, os Estados Unidos, o mundo, tudo de uma vez. Agora, dá um passo de cada vez, intercalando com momentos de descanso.
Vencedor do Grammy Latino por “Ay Vamos”, J. Balvin desfruta de vários certificados de platina. Do álbum novo, ele emplacou “Ginza” e “Bobo” no topo da parada latina da Billboard, e “Safari” no Top 10. “Ginza”, aliás, entrou na parada de singles geral dos Estados Unidos – algo raro para latinos – e conquistou certificado de diamante no país. Um sucesso.
Na última vez que conversamos, você ainda não havia lançado o álbum “Energía” e disse que queria trazer o reggaeton para o Brasil. Em que pé se encontra esse processo?
J BALVIN – Sim, sim! Bem, com o tempo, quero seguir crescendo por todo o mundo, incluindo o Brasil, e ‘ay vamos’!
Quando você virá ao país?
Agora eu acredito que no próximo ano.
Você gravou músicas com Projota e Anitta no álbum novo. Já os conheceu pessoalmente?
Claro, claro! Já estivemos com Anitta e Projota. São grandes pessoas. Eu conheci a Anitta primeiro pelas redes sociais e aí passamos a nos falar.
“Ginza” ganhou atenção no Brasil porque ganhou o remix e o clipe com a Anitta. Você pensa em fazer um clipe também para a música com o Projota?
Essas coisas, só saberei com o tempo. Mas, por minha vontade, claro que sim! Adoraria.
Gostaria de trabalhar com outros brasileiros?
Claro! Óbvio! Se eu conhecer outras pessoas, como Anitta e Projota, vou querer fazer algo.
A Anitta fez uma música com outro colombiano, o Maluma: “Sim ou Não”. Ficou com ciúme?
(risos) Não! Fiquei contente por eles, por terem conseguido fazer essa colaboração!
Todas as músicas do seu álbum são em espanhol. Para conquistar os Estados Unidos, Shakira, que também é colombiana, passou a gravar em inglês. Isso está nos seus planos?
Por ora, não. Quero gravar em espanhol e levar isso para todos os lugares, ver até onde consigo chegar.
E a música com David Guetta? Vi que vocês estiveram em estúdio.
Sim, claro! A gente se encontrou em estúdio e gravou uma música mesmo. Acho que via ficar bem maneira.
Quando poderemos ouvi-la?
Acredito que vai sair no próximo álbum dele, mas não sei quando vai sair. Vai estar lá.
Em uma entrevista, você disse: “optei por fazer música sexy sem ser vulgar”. Explique-me melhor, por favor.
Bom, eu acredito que é possível fazer música animada, falar de tudo, sem ser vulgar. Quero ser assim. E… ‘ay vamos’! Falar sobre o que gosta, caprichar na produção musical, e dizer o que sente.
No ano passado, você cancelou sua participação no Miss USA por conta dos comentários xenofóbicos de Donald Trump. Qual sua opinião sobre esse momento político?
Ah… Grande parte das pessoas está com Donald Trump e acredito que estão bastante equivocadas, né? Essas eleições são importantes. Vamos ver o que acontece.
Você falou, em outra entrevista, que teve depressão por “trabalhar como escravo para alcançar o sucesso”. Que limites coloca na sua rotina de trabalho agora?
Ah, agora sim, tenho mais tempo para mim. Valorizo o tempo livre, porque a vida não é só trabalho.
E o que você gosta de fazer no tempo livre?
Gosto de descansar, ir à praia, ir ao cinema, sair por aí, dar uma volta, caminhar, como todo ser humano.
Mas as pessoas não ficam em cima?
Ah, mas isso não importa! Faz parte.
Qual o preço do sucesso?
O tempo. O tempo. Quanto tempo você tem para si.
Você já teve várias conquistas com suas músicas. Quais seus sonhos profissionais agora?
Seguir crescendo com o álbum “Energía”, fazer uma música com Rihanna, uma música com Jay Z, seguir perseguindo meus sonhos e inspirar as pessoas.
Para terminar, deixe um recadinho para os fãs brasileiros.
Espero que gostem do álbum “Energía”, que mostra muito mais de mim, e quero ir logo aí no Brasil. Obrigado pelo apoio!