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Emma Watson se defende após ser chamada de hipócrita por fãs da Beyoncé


Desde que concedeu uma entrevista para a revista Vanity Fair, Emma Watson está sendo atacada por fãs da Beyoncé. O problema? Uma foto do ensaio em que ela aparece com parte dos seios à mostra (abaixo). Após a divulgação da imagem, alguns fãs da cantora correram para as redes sociais de Emma para chamá-la de hipócrita e publicar emojis de abelhas (Beyoncé) nos comentários.

Para a Beyhive, o clique vai totalmente de encontro a opinião da própria Emma em 2014 para a revista Wonderland em que ela e a feminista Tavi Gevinson discutiram sobre o álbum “Beyoncé” . “De um lado ela está se colocando na categoria de feminista… mas na câmera, é muito masculinizado, quase uma experiência voyeur dela própria”, disse na época.

A “nova” confusão com os fãs da Beyoncé obrigou Emma a “se explicar” duas vezes. Para a agência Reuters, Emma disse não entender o furor. “Feminismo é sobre dar escolhas às mulheres. Feminismo não é um bastão para bater em outras mulheres com ele. É sobre liberdade. Sobre libertação. Sobre igualdade. Eu realmente não sei o que meus peitos tem a ver com isso. É muito confuso. A maioria das pessoas está confusa”, disse.

E nesta terça-feira (7), via Twitter, a atriz de “A Bela e a Fera” compartilhou um trecho da reportagem original de 2014. “Esta é a minha parte da entrevista com Tavi onde nós falamos sobre Beyoncé. Minhas palavras estão destacadas”, avisou. Segue a tradução:

“Estou um pouco nervosa para falar sobre isso porque eu ainda não formulei minha opinião sobre ele [o álbum]. Não sei se você conversou com mais alguém sobre ele, mas minha amiga e eu sentamos e assistimos a todos os vídeos e eu fiquei em conflito. Eu admiro a confiança dela em liberar sua música desta forma, em meio a todas essas performances sensacionalistas. Por um lado ela se coloca na categoria de feminista – e ela teve esse lindo depoimento de Chimamanda Ngozi Adichie em uma das músicas – mas na câmera, parece tudo meio masculino, quase uma experiência voyeur dela própria e você fiquei me questionando se você tem opinião sobre isso? (…) Ela deixa claro que está se apresentando para ele. E o fato dela fazer isso não para uma gravadora, mas para ela e o controle que ela tem na direção e se colocar desta forma, eu concordo que está fazendo de sua sexualidade um poder porque é a escolha dela. Segundo é que eu diria que você tem sim aquela ideia de ‘eu posso ser feminista, eu posso ser intelectual, eu posso ser todas essas outras coisas, mas eu também posso estar de bem com minha feminilidade e ser bonita e com todas essas coisas que eu pensava que negariam minha mensagem e o que eu estou falando’. Isso é a parte mais interessante sobre o álbum. É inconclusivo e coloca o feminismo e a feminilidade e o poder feminino em um espectro amplo”.