in

Dossiê R9: tudo que se sabe sobre o próximo álbum da Rihanna até agora


Muitos fãs da Rihanna têm a impressão de que ela está pouco ligando para a carreira de cantora e se importa mais com outros negócios – como linha de roupas, linha de cosméticos e projetos filantrópicos. Mas não é bem assim. Sem alarde, a cantora tem tido suas sessões em estúdio. O cantor e compositor Elijah Blake, contratado da Def Jam, comentou no Instagram que ela vem trabalhando em dois álbuns simultaneamente. Isso mesmo: dois! Ele fez a revelação ao ver um fã reclamar que “Rihanna abandonou a música e se tornou uma dama da Mary Kay”. Elijah escreveu: “Risos. Você sabe que ela está em estúdio trabalhando em dois álbuns inteiros, certo?”. Depois, completou: “supostamente”.

Será mesmo? Os anos que antecederam o lançamento do álbum “ANTI” (2016), também marcados por uma longa espera, contaram com o mesmo tipo de especulação. Na época, dizia-se que ela trabalhava em seu oitavo álbum (que veio a ser o “ANTI”) e em um disco completo para a trilha sonora da animação “Cada Um Na Sua Casa” (Home, 2015). No fim das contas, a trilha do filme foi reduzida a um EP com oito faixas, das quais apenas três eram da Rihanna. Então, é sempre bom encarar com cautela e um pé atrás esse tipo de novidade.

Sabe-se muito pouco sobre o “R9”, que dirá sobre um “R10”. “Eu acho que ela não quer que as pessoas esperem um álbum ou que saibam que ela está trabalhando em um”, diz o produtor e compositor Blackbear (Justin Bieber, G-Eazy), um dos colaboradores. Recentemente, a cantora de R&B H.E.R., de apenas 20 anos, disse em uma entrevista que está colaborando com Rihanna: “temos alguns projetos secretos aí”. Falou assim, no plural. O produtor americano Earth Quake também não aguentou a felicidade e contou no Instagram que está envolvido em material inédito de Riri. Ele disse “Rihanna, esse vai ser um grande ano para nós”, sugerindo que o disco novo sai ainda em 2018.

A turnê do álbum “ANTI” terminou em novembro de 2016. Logo depois, Riri emendou trabalhos como atriz – como a série “Bates Motel” e o filme “Oito Mulheres e um Segredo”. Os trabalhos para o “R9” só começaram no ano passado de forma intermitente, porque ela ainda filmava o longa-metragem, cuidava de seus negócios na moda e rodava o mundo em busca de financiamento para implantação de projetos de melhoria educacional em áreas de extrema pobreza. Em maio, Rihanna foi vista saindo de um estúdio de gravação e registrou as primeiras músicas dessa nova leva: “Only One Who Knows” e “Phatty”. No mesmo mês, a cantora britância RAYE abriu a boca e contou que a Roc Nation a havia convidado para o time de colaboradores do “próximo projeto da Rihanna”.

Como Beyoncé, Rihanna montou seu acampamento de compositores, uma nova prática de mercado, como um brainstorming musical. O camping tomou forma no início do segundo semestre de 2017. “Ela está vindo com novidades. As músicas que ouvimos na sessão e no acampamento de compositores eram insanas. Absolutamente insanas”, disse o cantor e compositor Shakka, “não sei qual é a direção. Você sabe como a Rihanna é. Não dá para antecipar nada. É um monte de músicas que são tipo ‘não imaginei que ela faria isso’. É demais”. O dream team inclui Skrillex (vencedor de oito Grammys), David Guetta (dois Grammys), Sia (compositora de “Diamonds”), Jacob Broido (Charlie Puth, Wiz Khalifa), Raquelle Anteola, Nigel Doyle, Richard Ademokun, além dos anteriormente citados. Blackbear chegou a falar, em novembro passado, que o produtor executivo do “R9” é um nome de peso: “Eu não quero dizer quem está produzindo, mas garanto que é alguém impressionante e que tem Grammys”. Apostas?

O “retorno de Rihanna” gera muita expectativa nos fãs de música pop. O álbum “ANTI”, na época, dividiu opiniões por ser considerado “conceitual”, mas acabou tendo bons resultados. Nos Estados Unidos, recebeu certificado de 3x platina e já está há 114 semanas na Billboard 200. Ele também rendeu seis indicações ao Grammy Awards e emplacou um grande hit, “Work”, com Drake. Mas o mais interessante é como as músicas continuaram conquistando espaço mesmo sem Rihanna promovê-las. A faixa “Consideration”, que nunca foi single, se tornou a mais tocada pelos DJs americanos em fevereiro deste ano, por exemplo. A impressão é que, com Rihanna, mesmo quando dá errado, dá certo.