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Christina Aguilera opina sobre decisão de Lady Gaga de retirar “Do What U Want” das plataformas


Lady Gaga decidiu anunciou a retirada de “Do What U Want” (feat. R. Kelly) das plataformas digitais por conta da repercussão do documentário “Surviving R. Kelly”, que traz depoimentos de mulheres que afirmam terem sido abusadas sexualmente pelo rapper quando eram menores de idade. Christina Aguilera, que havia gravado uma versão alternativa da música com Gaga e apresentado-a no “The Voice” em 2013, fez questão de se pronunciar sobre o assunto, que está dividindo a opinião pública.

Pelo Twitter, Christina escreveu: “isso é um lembrete para mulheres se manterem unidas – e não deixarem um homem tomar posse de uma ótima música / um ótimo momento… E se fica qualquer coisa da mensagem dessa música é que você pode ter tido meu corpo, mas nunca terá meu coração, minha voz, minha vida ou minha mente”.

Em outro tweet, a popstar completou: “sendo eu mesma uma sobrevivente de predadores do passado, esses versos falam comigo, e esse foi o motivo de ter gravado a música. Eu abraço todos sobreviventes de violência sexual e doméstica, que têm um espaço especial no meu coração, e você Lady Gaga por fazer a coisa certa”.

A decisão de Gaga recebeu críticas e elogios. As mulheres que acusam R. Kelly agradecerem o apoio, dizendo que retirar a música das plataformas é “muito poderoso da parte dela”. Já o advogado do rapper considerou a cantora oportunista (“está explorando a polêmica para ganhar um Oscar”), porque na época de “Do What U Want” todo o mundo já conhecia as acusações que pairavam no colo de R. Kelly.

Por meio de um comunicado, Lady Gaga se disse arrependida por ter feito essa música. “O que eu estou ouvindo dessas alegações contra R. Kelly é absolutamente horrorizante e indefensável. Como uma vítima de abuso sexual, eu fiz tanto a música como o vídeo em um momento obscuro em minha vida, minha intenção era de criar algo extremamente desafiador e provocador porque eu estava com raiva e ainda não tinha processado o trauma que tinha acontecido em minha própria vida”, escreveu, “eu acho que está claro como meu pensamento no momento estava explicitamente bagunçado. Se eu pudesse voltar e conversar com minha versão mais jovem eu falaria a ela para ir para a terapia que eu estou fazendo desde então, para que eu pudesse entender o confuso estado pós-traumático que eu estava na época – ou se a terapia não estivesse disponível pra mim ou qualquer pessoa em minha situação – procurar ajuda, e falar o mais abertamente e honestamente possível sobre o que nós passamos. Eu não posso voltar atrás, mas eu posso seguir em frente e e continuar apoiando mulheres, homens, e pessoas de todas as identidades sexuais, e de todas as raças, que são vítimas de abusos sexuais”.