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Baú – Entrevista: Nyanda Thorbourne (Brick & Lace)


Quando a gente se propôs a fazer o “Baú – Entrevista” e começamos a discutir nomes que queríamos abordar, o Brick & Lace me veio à mente. As irmãs Thourborne não são tão conhecidas como os artistas anteriores que a gente já trouxe aqui, mas parte da missão da coluna é também apresentar coisas novas.

E foi buscando coisas novas, fora das rádios brasileiras e norte-americanas, que me deparei com a dupla há dez anos. Nyanda e Nailah são de descendência jamaicana e foram assinadas pela gravadora do Akon para um disco. “Love Is Wicked” gerou o single título de sucesso e ainda outras duas faixas expressivas principalmente na Europa: “Never, Never” e “Bad To Di Bone”. O sucesso e o clima despojado as levaram para a turnê “The Sweet Escape Tour”, da Gwen Stefani, como atração de abertura. De lá para cá, aconteceram lançamentos de singles sem vínculo com um projeto de disco e cada uma foi seguir seu caminho.

E por onde elas andam? A gente conversou com a Nyanda. Confira abaixo!

Oi Nyanda!
Sentimos saudades de Brick & Lace! O que vocês andam fazendo?
Oi! Eu estou vivendo a vida curtindo minha família, amigos e com o bastante de trabalho entre isso tudo. 🙂 Acabei de lançar o remix danchall de “Rodeo Wine”, produzido por Jon FX.e estamos agora procurando pelo single sucesso de “Rodeo Wine”.

O álbum “Love is Wicked” celebra 10 anos em 2017. Você acredita que já faz todo esse tempo? O que você mais se lembra daquela época?
Eu não acredito que faz todo esse tempo, o tempo voa (risos). Foi uma época divertida quando olho para trás. Eu lembro do orgulho de termos concluído nosso primeiro álbum após trabalhar tão pesado colaborando com grandes produtores da indústria. Nós estávamos escrevendo mais com nossa irmã Tasha na época, integrante original de B e L. Acho que sinto falta disso, desde então ela vive no Canadá.

Você mudaria algo daquela época, de suas escolhas?
Nós estávamos pra lá e pra cá, a agenda era uma loucura, muita viagem etc, mas nós amávamos nos apresentar e sair em turnê com Akon e Gwen Stefani. Sou grata por todas essas grandes memórias. Definitivamente coloca um sorriso em meu rosto.

Desde 2007 muita coisa mudou na indústria, especialmente com os streams. O que você pensa sobre isso?
Os streams são a nova tendência e eu amo que como um artista é uma ótima forma de disponibilizar a música diretamente para os fãs, mas eles tem que achar uma forma de compensar de forma correta os artistas e compositores. Especialmente os compositores estão sofrendo e isso não é bom de forma alguma, quando todas as empresas de streaming estão faturando muito.

O que você diria para você mesma de 10 anos atrás?
Eu acho que diria para minha versão mais jovem “Você consegue”. Eu acho que tiveram muitas vezes que eu duvidei de mim mesma e permiti que as opiniões das pessoas superassem as minhas próprias opiniões. Eu ainda faço isso às vezes. É algo que tenho que me lembrar constantemente.

Brick & Lace se separou… O que levou a tomada dessa decisão?
Brick & Lace se separou porque era simplesmente a hora. Hora para se ter um espaço para respirar. Hora para descobrir individualidade. Hora para ficar sozinha.

Nos últimos anos, vocês duas investiram em carreiras solo… Conta pra gente, como isso está indo?
Primeiramente foi tipo a excitação de estar em uma montanha russa, momentos assustadores misturados com momentos de alegria. Eu me acostumei com isso bem rápido na verdade. Sou uma artista de corpo e alma e eu amo que posso me expressar sem compromisso. É uma pressão adicional e maior responsabilidade sabendo que o barco para aqui mas eu amo!

Nyanda, conta pra gente sobre seus atuais trabalhos e lançamentos futuros.
Algumas colaborações estão por aí para dar uma esquentada.
“Stop Drop and Roll” com Konshens;
“Keep You Up At Night” com Pitbull;
“Young and Alive” com DJ LBR;
“Uh Baby” com Dj Viper e Young Zerka

Há planos para uma reunião do Brick & Lace?
Provavelmente seria necessário um milagre ter uma reunião do B e L, mas nunca diga nunca.

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Texto: Amanda Faia
Tradução: Kavad Medeiros
Edição de vídeo: Ricardo Oliveira
Produção e supervisão: Amanda Faia