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Artistas como Troye Sivan e Adam Lambert discutem homofobia na indústria da música em encontro


Recentemente um grupo de artistas homossexuais fizeram uma reunião especial com o objetivo de falar sobre a representatividade no mundo da música e discutir a homofobia no meio. Compareceram nomes como Troye Sivan, Adam Lambert, Justin Tranter e Todrick Hall. É visível que no mercado internacional não há muitos cantores abertamente gays no mainstream, algo que foi levado em consideração.

“Seja passivo ou agressivo, sempre há algum preconceito”, disse Justin Tranter, compositor responsável por músicas de Britney Spears, Selena Gomez, Kelly Clarkson e Justin Bieber. “Eu não gosto de classificar o preconceito, mas esse tipo de coisa acontece o tempo todo”.

Troye Sivan, no entanto, entende o motivo pelo qual muitos artistas preferem não se assumir. “Estamos todos pressionados pela mudança, mas temos um longo caminho a percorrer”, disse ele. “Então eu não culpo ninguém por isso. Eu gostaria de pensar que eventos como este estão criando um espaço mais seguro para que todos sejam abertos sobre quem eles são, mas eu não sei se ainda estamos lá”, refletiu.

Adam Lambert, que se assumiu logo quando entrou em evidência no “American Idol”, contou que o processo “foi como ser jogado em uma panela de água fervente”. Ele desabafa: “houve momentos após meu primeiro ou segundo ano na cena em que comecei a ficar inseguro. Comecei a pensar: ‘Preciso mudar quem eu sou para me encaixar ou alcançar o sucesso?’. O que aprendi da maneira mais difícil é que você não pode agradar a todos”.

Apesar da boa intenção do evento, muitos criticaram que os artistas foram na maioria brancos e cisgêneros (que se identificam com o gênero biológico), faltando diversidade.“Para todo mundo chateado com a falta de diversidade aqui, você deveria mesmo estar. Eu não organizei o evento, apenas participei. Muitas das minhas citações sobre a extrema falta de diversidade na sala e a importância da interseccionalidade não foram publicadas”, disse Justin Tranter em suas redes sociais.

“Nós, como comunidade, devemos a nós mesmos impulsionar eventos como esse e aprender com cada um deles”, defendeu o cantor Parson James.