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Após polêmica do Modo Restrito, Youtube pede desculpas pela “confusão” e diz que vai revisar bloqueio


Toda a polêmica envolvendo o Youtube, sua nova política de modo restrito – onde vídeos considerados de “conteúdo sensível” foram bloqueados para menores de 18 anos e para quem deseja não vê-los ao acessar o site ou aplicativo – e a comunidade LBGTQ+ acabou resultando em uma análise mais profunda dos bloqueios por parte da ferramenta.

Mesmo depois de uma nota de retratação, o Youtube usou as redes sociais nesta segunda-feira (20) para pedir desculpas pelo o que chamou de “confusão”. “Desculpa por toda a confusão com o Modo Restrito”, escreveu os criadores no Twitter. A equipe avisou ainda que alguns vídeos censurados não deveriam ter sido incluídos no novo bloqueio. “Isso não está certo! Estamos trabalhando nisso”, continuou a mensagem.

Alguns usuários não engoliram o pedido de desculpas e reclamam “do filtro”. Cantores como Lady Gaga, Rihanna, Miley Cyrus e Troye Sivan foram prejudicados por isso. O duo Tegan and Sara foi um dos que se pronunciou publicamente sobre a novidade. “Muitos clipes desapareceram, incluindo um dos nossos onde não não tem nada de gay a não ser a gente”, escreveram.

De acordo com o Youtube, o Modo Restrito “não está funcionando como deveria”. “Nós introduzimos o Modo Restrito em 2010 como um opcional para ajudar instituições como escolas e pessoas que querem controlar melhor o conteúdo visto no Youtube. Desenhamos a ferramenta para restringir conteúdo de tópicos mais maduros como vídeos que contém blasfêmia, imagens ou descrições de violência ou certas doenças como vício e transtornos alimentares. Hoje, 1,5% dos acessos diários do Youtube vem de pessoas que possuem ativo o Modo Restrito. Mas sabemos que não é sobre números, mas sobre princípios de perturbar alguém de ter acesso a importantes conteúdos e diferentes pontos de vista”, diz o Youtube em nota oficial em seu blog.

“O sistema nunca estará 100% perfeito, mas iremos fazer um melhor trabalho”, justificaram.