in

Anitta fala sobre infância pobre e abdicações que fez pela carreira: “era pegar um pedaço de frango no almoço senão não ia ter outro pedaço na janta”


A origem da Anitta não é segredo para ninguém: a cantora veio de baixo. Antes da fama, ela morava no subúrbio do Rio de Janeiro e tinha uma vida extremamente humilde. Em uma entrevista nova, à webtv “Vendi Meu Sofá SQN”, ela relembrou essa época e contou tudo que já teve que passar. “Há sete anos atrás, eu morava em uma casa do tamanho da sua sala, que não tinha ar condicionado, em Honório Gurgel. Era trash, tá? Não tinha dinheiro, não tinha nada. Era uma vida: ‘mãe, tem cinco reais? Não!’. ‘Olha, filha, tem que pegar um pedaço de frango agora no almoço senão não vai ter o outro pedaço na janta. Ou você come dois no almoço ou come um no almoço e um na janta’. Era assim. As pessoas que me viam naquela vida jamais diriam que eu teria a vida que tenho hoje”, declarou.

3 (1)

Anitta, no entanto, sempre teve o sonho de ser cantora e melhorar de vida. “As pessoas nunca acham que você tá naquele extremo e vai chegar no outro. Só que eu costumo dizer que tudo que a gente quer na nossa vida só depende da gente. É a força do que você quer fazer pra você. Não adianta eu acordar e pensar ‘Hummm, eu queria ser cantora, vou dormir’”, opinou. Ela, antes de emplacar, já tinha uma vida puxada: acordava às 5h da manhã para estudar, fazer estágio (do curso técnico de ADM), ir para o inglês e bater na porta dos estúdios pedindo uma oportunidade. Quando conseguiu, também foi barra. “Comecei a fazer show de graça por aí, em favela, em beco, em buraco. Eu não dormia. Já não tinha vida. Enquanto minhas amigas de 16, 17 anos estavam indo pra night conhecendo um gato, conhecendo amigos, saindo para beber, eu não saía. Eu ficava ali música, música, música”, relembrou. “É você abrir mão de uma coisa para fazer outra. Não tem como você querer chegar no X sem abrir mão do Y. Não tem como! É impossível”.

Segundo ela, muita gente tem os mesmos sonhos, mas não a mesma vocação – de aceitar ralar e começar de maneira muito humilde, para poder mostrar seu trabalho. “As pessoas querem chegar longe, mas não querem começar de baixo. Não querem se sujeitar a começar de baixo. Eu não tenho isso até hoje. Se tiver que pegar uma van, um carro velho, porque não tem estrutura pra ir, eu vou. Eu morei num lugar que a goteira no meu quarto caía quando não estava nem chovendo. Por que eu vou ficar ligando se tem tantas toalhas ou se o camarim é assim ou assado? Nunca!”, afirmou.