in

A Fábrica por Bernardo Sim: A cilada de Scooter Braun


jbieberempresarioJá ouviu falar do ditado “o feitiço virou contra o feiticeiro”? Scooter Braun chegou aos 32 anos como um dos grandes novos nomes da indústria da música. Junto a Usher, Scooter emplacou uma das grandes estrelas dos últimos tempos, Justin Bieber, um talentoso garoto descoberto via YouTube. Seguindo a fórmula de sucesso, Scooter Braun criou a empresa School Boy Records e assinou contrato com outras estrelas virtuais como Psy, Carly Rae Jepsen, The Wanted, Asher Roth e Ariana Grande.

O que todos estes nomes, com exceção de Justin Bieber, têm em comum? O fato de que só emplacaram uma música de sucesso. (Vamos dar um desconto para Ariana Grande, que mal chegou!) Vamos aos motivos de cada contratação: Psy e seu “Gangnam Style”, Carly Rae Jepsen com “Call Me Maybe”, The Wanted e “Glad You Came”, Asher Roth com a excelente “I Love College”. Sem nenhuma explicação, e mesmo diante altíssimos investimentos, a mesma velocidade que trouxe o sucesso para estes artistas, os tornou esquecidos. The Wanted – infelizmente – acabou sendo engolido pelo OneDirection, Psy se tornou humorista, Carly Rae Jepsen se perdeu antes do disco ser lançado, e Asher Roth caiu no completo esquecimento. Scooter Braun se viu com um leque de artistas com bilhões de visualizações no YouTube que não se traduziram em lucro, e teve que colocar em Justin Bieber todas as fichas que tinha para apostar.

E aí, veio o 2013 de Justin Bieber. O que era para ter sido um ano de sucesso pleno, com o interessante projeto #MusicMondays, um novo documentário e o fim da turnê internacional, se tornou num inferno astral pro astro teen e sua equipe. Não vou entrar nos méritos do que foi certo ou errado, do que foi verdade ou mentira. A questão é que toda a mídia que um dia apaixonou-se por Justin Bieber passou a odiá-lo e criticá-lo negativamente todos os dias. O #MusicMondays foi engolido pelas polêmicas que Bieber causou no Reino Unido, América do Sul e até com a vizinhança de casa. Até o documentário “Believe”, que tinha o intuito de redimir o garoto, arrecadou míseros $4.2 milhões de dólares em seus primeiros cinco dias (para comparar, “Never Say Never”, o primeiro documentário, fez $29.5 milhões no primeiro fim de semana). Para piorar: um dia antes do lançamento do filme “Believe”, Justin Bieber anunciou que se aposentaria!

Scooter Braun atualmente se encontra numa grande cilada. Tirando a promissora Ariana Grande – que vem se tornando extremamente forte – e certas outras apostas aleatórias, o empresário parece estar precisando reavaliar o seu modelo de contratação. Todos os artistas de Scooter bombaram na internet e ganharam espaços maiores através de seus investimentos e conexões, mas talvez seja a hora de consolidar melhor estes astros para que tenham uma vida mais longa do que um primeiro single de sucesso.

bernardo sim