17 de abril de 2007: dia em que os fãs de Sandy & Junior ficaram com perplexos diante de seus computadores. E choraram, choraram muito. Nesta data, os irmãos postaram um vídeo em seu site oficial anunciando o fim da dupla profissional e uma turnê de despedida, com o “Acústico MTV”. Golpe duro no coração da galera, que sonha até hoje com um show de reencontro para relembrar tantos sucessos.
Sandy & Junior deixaram um marco na música pop nacional. O fenômeno que se tornou a carreira deles, iniciada na infância, não tem par até hoje. No auge do sucesso, a dupla fez uma turnê apenas por estádios, com ingressos disputados, o que culminou no DVD “Ao Vivo no Maracanã”. Eles chegaram a fazer um show para mais de um milhão de pessoas em João Pessoa, e se consagraram como uma das melhores apresentações da noite pop do Rock in Rio de 2001, com 250 mil espectadores. Aliás, em 2001, eles estavam diariamente na TV: de segunda a sábado com a novela “Estrela Guia” e aos domingos com o seriado “Sandy & Junior”, que durou quatro anos e também foi exibido em Portugal.
A parceria dos irmãos, de “Aniversário do Tatu” ao “Acústico”, durou 17 anos. Foram 16 álbuns lançados, mais de 17 milhões de cópias vendidas de álbuns. Em 2001, o disco autointitulado que trouxe “Nada É Por Acaso”, “Não Dá Para Não Pensar” e “Turu Turu” vendeu mais de um milhão de cópias em apenas três dias. Fora isso, inúmeros prêmios. No Prêmio Multishow, Sandy foi eleita melhor cantora duas vezes (2000 e 2002), Junior foi eleito melhor instrumentista (2004), e venceram como melhor show (2001, 2002, 2003) e melhor álbum (2002). Ao Grammy Latino, foram indicados duas vezes. Em 1999, a Universal Music lhes entregou uma placa por serem os “artistas jovens mais importantes do mundo”.
Juntos, Sandy & Junior marcaram uma geração que cresceu com eles, e se emociona com as músicas até hoje. Prova disso é que, para não deixar a data passar em branco, um grupo de fãs compôs uma música em homenagem aos irmãos – liberada na Internet nesta segunda. Ouça e leia a letra:
Toda Vez Que eu Vejo a Lua Tocar no Mar
Autores: (Hilreli/Jael Soares/Junior Neves)
Vão-se vários ciclos e estações,
Tardes de domingo e um sorriso
aberto cheio de frescor e som,
florescido em seu querer
Olhos vivos, fixos, vibram em mim
São uma quimera… Ah quem me dera musicar o tempo assim
E guardar tudo num ‘potin’
Dão-se os pés fora do chão,
Voo livre na canção,
Notas pelo ar
E uma vontade que no peito mora
Toda vez que eu vejo a lua tocar no mar.
Toca a brisa na pele, revivo um sonho,
Que não vai terminar
Aqui dentro, agora & sempre
e cada vez que um som lembrar.
Se não morre no fim,
é intenso em mim, imortal
Thururu ruru turu